terça-feira, 22 de setembro de 2009

MPS.BR

Em outro post, apresentei os conceitos sobre os Modelos de Qualidade de Software, inclusive, citei alguns existentes mais contemporâneos, aplicados hoje em dia. Além disso, já fiz uma breve descrição sobre como é o modelo de Qualidade denominado CMMI.

Para relembrar, a Qualidade de Software pode ser compreendida como a capacidade, componente ou processo satisfazer determinados requisitos, visando atender às necessidades e expectativas dos usuários (IEEE, 1990).

Além disso, a Qualidade de Software abrange tanto a qualidade de produto quanto de processo de software (KALAIMAGAL; Srinivasan, 2008).

Existem fatores que afetam a Qualidade de Software que podem ser medidos para buscar atingir um patamar de qualidade.

Em razão disso, foram criados modelos de maturidade de software que visam atender as necessidades de qualidade de produto e processo de software, dentre eles o MPS.BR que iremos discutir a seguir.

O MPS.BR trata-se de um modelo de qualidade que baseia-se nos conceitos de maturidade e capacidade de processo para a avaliação e melhoria da qualidade e produtividade de produtos de software e serviços relacionados. Dentro desse contexto, o MPS.BR dividi-se em três componentes (SOFTEX, 2007):

- MR-MPS: Modelo de Referência;

- MA-MPS: Método de Avaliação;

- MN-MPS: Modelo de Negócio;

Assim, o MPS.BR estabelece um modelo de processos de software e um processo e método de avaliação de processos que dá sustentação e garante que o MPS.BR está sendo empregado de forma coerente com as suas definições. Além disso, o MPS.BR estabelece um modelo de negócio para apoiar a sua adoção pelas empresas brasileiras desenvolvedoras de software (SOFTEX, 2007).

O MPS.BR foi desenvolvido baseado nos modelos ISO/IEC 12207, ISO/IEC 15504 e CMMI (SOFTEX, 2007).

É um modelo especificamente definido para ser aplicado nas empresas de software do Brasil e seu maior diferencial, por exemplo, com relação ao CMMI, é o custo.

Além disso, ele é segmentado um uma quantidade maior de níveis, tornando menos complicada a capacidade de a empresa atingir determinado nível de maturidade.

A FIGURA 1 apresenta os componentes do MPS.BR e suas relações com as metodologias de qualidade usadas como base para sua concepção.

FIGURA 1 - Componentes do MPS.BR (SOFTEX, 2007)

Da mesma forma que o CMMI, o MPS.BR também é subdividido em níveis de maturidade, compostos por processos e atributos de processo que os complementam (SOFTEX, 2007). A TABELA 1 apresenta os níveis de maturidade do MPS.BR.

TABELA 1 - Níveis de Maturidade do MPS.BR (SOFTEX, 2007)

Os atributos de processos são descritos da seguinte forma:

- AP 1.1: O processo é executado;

- AP 2.1: O processo é gerenciado;

- AP 2.2: Os produtos de trabalho do processo são gerenciados;

- AP 3.1: O processo é definido;

- AP 3.2: O processo está implementado;

- AP 4.1: O processo é medido;

- AP 4.2: O processo é controlado;

- AP 5.1: O processo é objeto de inovações;

- AP 5.2: O processo é otimizado continuamente.

Cordialmente,

Marcelo Schumacher http://isosoftware.blogspot.com/

Bibliografia:

IEEE, Institute of Electrical and Electronics Engineers: Standard Glossary of Software Engineering Terminology, IEEE, 1990.

KALAIMAGAL, Sivamuni; Srinivasan, Rengaramanujam. A Retrospective on Software Component Quality Models. Nova York, v. 33, n. 6, p. 1-9, 2008.

SOFTEX. Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. MPS.BR – Melhoria do Processo de Software Brasileiro: Guia Geral, versão 1.2. SOFTEX, 2007.

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